O irmão da vítima, o motorista Antônio Francisco, recebeu o corpo e afirmou para o Sistema Verdes Mares que a família ainda está muito abalada e espera que a justiça seja feita. “Os meus pais estão muito chocados até hoje com essa notícia. Muito abalados. O que nós queremos é justiça, porque ele era um rapaz trabalhador”, disse.
Antônio disse que soube da notícia ainda na manhã do sábado. “Nós sabemos dessa notícia pelo sábado pela manhã pela minha tia, que chegou em minha residência e contou que tinha uma notícia muito ruim para dar, que foi o falecimento do meu irmão e que quem tinha tirado a vida dele tinha sido um policial”.
O corpo do garçom foi enviado na manhã desta terça-feira para o município de Ipaporanga, distante 375 km de Fortaleza. O sepultamento ocorre à tarde. Ainda de acordo com Antônio, haverá uma caminhada na cidade em protesto contra a morte do garçom.
"Tiro foi para matar", relata primo do garçom
De acordo com relatos de membros da comunidade para os familiares, o cearense vinha caminhando com uma sacola e um copo de café quando foi baleado. "O tiro foi para matar. Onde ele foi morto tem 4, 5 tiros. Segundo relatos, ele tomou um tiro na perna e o policial chegou e executou", conta revoltado o primo de Laércio, Gilson Marques.
Laércio morava há 10 anos no Rio de Janeiro. Saiu de sua cidade natal em busca de oportunidade na capital carioca, onde morou com familiares. Há cerca de três meses, ele se mudou para viver com a namorada Ana Arlete Farias, de 25 anos, também de Iporanga. Segundo o primo, ele planejava retornar para o Ceará.