No início da noite desta terça-feira (18), cerca de 21 equipes formadas por inspetores, escrivães e delegados de Polícia Civil saíram do Complexo de Delegacias Especializadas (Code) para realizar um trabalho de reforço na segurança atuando de forma ostensiva e preventiva.
Os agentes atenderam à convocação do governador Camilo Santana para realizar ações preventivas na capital cearense, região metropolitana e algumas cidades do interior do estado como Juazeiro do Norte e Sobral.
Além de atuar nas ruas, os policiais civis dão apoio às delegacias plantonistas. A operação segue até as 6h da manhã desta quarta-feira (19).
Decisão contra protestos
A Justiça determinou na segunda-feira (17) que os policiais se abstenham de realizar protestos e atos grevistas. Também ficou decidido que, em caso de manifestação por aumento salarial, os policiais podem ser presos.
Conforme a decisão da Justiça, fica determinado:
que as associações se abstenham de atuar ou promover reuniões voltadas para discussão de melhorias salariais;
que se abstenham de financiar ou de participar de assembleias para debater greve da categoria;
que, em caso de paralisação da Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, as associações demandadas abstenham-se de promover, de atos grevistas.
A decisão da Justiça ocorre em meio a atos de policiais que reivindicam uma reestruturação salarial da categoria. A proposta foi enviada à Assembleia Legislativa pelo governador do Ceará, Camilo Santana, na semana passada.
Conforme a proposta, o salário-base de um soldado será de R$ 4,5 mil, com aumento progressivo até 2022. O salário atual da categoria é de R$ 3,2 mil. A proposta inicial, rejeitada pelos policiais, era aumento para R$ 4,2 mil até 2022.