A Justiça do Ceará concedeu, nesta segunda-feira (11), liberdade provisória a Maria Aparecida Barroso de Sousa, investigada por mandar matar o marido após descobrir relacionamento incestuoso entre ele, a filha e o genro.
A decisão foi assinada pelo juiz Wallton Pereira de Souza Paiva da Comarca de Canindé, onde o caso aconteceu. A determinação judicial estabeleceu ainda as seguintes medidas para Maria Aparecida:
* Comparecimento mensal ao juízo, para informar e justificar atividades (art. 319, I, do CPP);
* Proibição de ausentar-se da Comarca enquanto não findar a persecução criminal (art. 319, IV, do CPP);
* Recolhimento domiciliar noturno de 19 às 06h (inclusive nos fins de semana);
* Comparecimento a todos os atos do processo;
A tentativa de homicídio aconteceu depois que a mulher, de 36 anos, descobriu que Jaelson Oliveira, de 39, mantinha relações sexuais com a própria filha, de 20 anos, e o genro dele, de 26 anos. A polícia investiga se o pai cometia estupro contra a filha.
Investigação contra Jaelson
A Polícia Civil do Ceará investiga se Jaelson Camelo de Oliveira, 39 anos, vítima de tentativa de homicídio encomendada pela própria mulher após ela descobrir uma relação incestuosa a três entre ele, a filha dele e o genro, teria cometido os crimes de estupro e violência doméstica. Os inquéritos estão em andamento e foram abertos pelo delegado regional de Canindé, Daniel Aragão.
O inquérito sobre a tentativa de homicídio foi concluído e a mulher, Maria Aparecida Barroso, o genro, Antônio Herilson e dois suspeitos de terem sido contratados para executar o homem foram indiciados. Um deles foi identificado como Israel de Sousa Silva, 20. O outro é um adolescente de 17 anos. Os adultos poderão responder na Justiça por tentativa de homicídio, e o adolescente, por ato infracional análogo ao crime de tentativa de homicídio.
Um inquérito apura se Jaelson Oliveira cometeu o crime de estupro contra a própria filha e se há possíveis delitos da mesma natureza contra outros adolescentes.
O homem também é alvo de investigação, conforme o delegado, pelo crime de violência doméstica, cometida contra a mulher Maria Aparecida. Ela argumentou, em depoimento, ter sido agredida e ameaçada pelo marido para que não acabasse com o relacionamento.
G1