A fagulha
Bastou uma faísca para incendiar um clássico que parecia ser à prova de fogo. O cronômetro marcava 40 minutos do segundo tempo quando Jean Pyerre dominou a bola no meio e tocou para Pepê.
O atacante do Grêmio disparou pela direita de ataque, disputou no corpo com Moisés, caiu e ganhou a lateral. Mas sofreu contato do adversário por trás, no chão, se levantou e partiu para o bate-boca.
O que parecia ser uma discussão normal de jogo tornou-se uma sequência de cenas lamentáveis. Luciano apareceu para peitar Moisés e se agarrou ao pescoço de Edenilson, que defendia o colega. A partir daí, cada ação recebeu uma reação. E ninguém mais controlou o incêndio em vermelho e azul.
Ali perto, o árbitro Fernando Rapallini visualizou a selvageria descontrolada e, auxiliado pelos assistentes, expulsou um batalhão de gremistas e colorados: foram para a rua Luciano, Pepê, Caio Henrique e Paulo Miranda, do Grêmio, e Praxedes, Moisés, Cuesta e Edenilson, do Inter.