A Polícia Federal (PF) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convergiram na hipótese de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sabia da fraude em seu cartão de vacinação, da filha e de outros membros de seu círculo. A informação é ressaltada em documentos que tiveram o sigilo retirado nesta quarta-feira, 3, pouca horas após a operação contra Bolsonaro.
"Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento", diz a PF em representação. A Procuradora Geral da República (PGR) foi contra esse entendimento e defendeu que não haveriam indícios para ligar Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) às fraudes.
A PF aponta que uma das principais ligações seria que a emissão de comprovantes de vacinação do ex-presidente foram feitas a partir do Palácio do Planalto, em 22 e 27 de dezembro. O ministro argumentou que "não se demonstra crível a afirmação" que o ex-ajudante de ordens do ex-mandatário, Mauro Cid, tenha articulado a fraude "sem o conhecimento e sem a anuência do ex-Presidente da República.
O Povo